Porém, algo me
incomoda em todo esse processo. Seja por minha própria experiência, ou porque
talvez não existam fórmulas mágicas, e sim, um esforço contínuo. Eu percebo que, às vezes, esquecemos o quanto é importante entender algo fundamental sobre
produtividade: somos humanos.
É com esse incômodo
que quero falar um pouco sobre produtividade e como, muitas vezes, ela parece mais
uma idealização do que uma possibilidade.
Produtividade
é o seu maior empecilho
Isso parte mais de
uma reflexão minha sobre as experiências que tive ao longo da minha jornada
como freelancer, ou mesmo, antes, quando estava na faculdade. Para mim, focar
sempre foi algo complicado. Não era só as distrações da vida cotidiana, era
também a minha cabeça e os constantes pensamentos, coisas para fazer, como eu
estava me sentindo, se estava cansada, etc.
Ser mais produtiva
nessas condições é bastante complicado. Alinhe isso a ideia de que, para que
sua produtividade seja maior, você tem que fazer um monte de coisas ao mesmo tempo. Eu
sempre fiz muitas coisas simultaneamente e, várias vezes, parecia que eu não
fazia nada ou não estava fazendo direito. Resultado: insatisfação.
Mil e uma
utilidades… Só que não...
Infelizmente, estar
ou não satisfeita não era um ponto de foco para mim. Eu não prestava atenção em como essa tendência de fazer um monte de coisas, fazia eu me sentir como
se estivesse indo para nenhum lugar.
Aí está o grande
ponto sobre esse ideal de produtividade: você esquece que há uma série de
fatores que influenciam o seu desempenho. Emoções, sensações, sua
saúde física, sua vontade de realizar certa tarefa, a organização. Tudo isso pode ser crucial
para que você “produza mais” e, principalmente, direito.
Entretanto, quando
você está na vibe de ser mais produtivo, isso não importa, pelo menos, você
acha que não. Até que de repente, você não quer mais fazer aquilo que gostava tanto. Começa a se
distrair, a deixar de fazer as atividades, mesmo com o método de produtividade
perfeito que encontrou naquele blog ou viu no Youtube. Resumindo: você está
procrastinando.
E sejamos sinceros, esse é o maior inimigo da produtividade.
O que fazer
então?
Eu quis evitar
falar sobre métodos neste texto, pois existem diversos e, alguns muito bons,
outros, nem tanto. O objetivo desse artigo é que você note uma coisa muito
importante sobre produtividade: o fator humano.
Não se engane
achando que conseguirá realizar sempre o mesmo número de tarefas todos os
dias por causa de método X, porque não vai. Assim sendo, a honestidade é a sua
única arma e quando digo isso é ser honesto com você.
Haverá dias em que
você não estará bem. Estará triste ou cansando demais para fazer 10 textos de
1000 palavras ou terminar de editar aquelas 30 fotos, por exemplo. Em outros,
simplesmente não adiantará ser a pessoa mais produtiva do mundo se o que você
faz não significa nada, não tem conteúdo.
Eu sei que, por
mais que isso pareça balela, afinal, devemos cumprir prazos, produzir
determinada quantidade de coisas, etc. É importante lembrar que elas precisam
fazer um sentido para você.
Sinta-se à
vontade
Eu já falei nesse
blog sobre motivação e como é interessante se atentar de o porquê você começou
um novo hábito. Qual é o seu objetivo com aquilo? Isso também se aplica a
produtividade e a “fazer coisas”, pois é a nossa vontade que nos guia para
realizar as nossas tarefas. Aliás, é o que nos
separa de sermos meros robôs (coisa que não somos), por isso, prestar atenção
na sua disposição para fazer determinada tarefa é fundamental.
Às vezes, você
não está a fim de fazer aquele trabalho agora. Ok... Se você tem tempo, faça
outro e mais tarde volte para aquele. Não é
uma questão de procrastinar, mas sim, entender que você é mais do que uma
máquina, é uma pessoa e precisa se respeitar.
Sei que ser mais
produtivo, às vezes, passa por cima desse tipo de percepção. Mas é você que vai
ter que impor esse limite. Afinal, só se olhando como um ser que precisa
descansar e que tem necessidades que você poderá produzir
mais e melhor.
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